Chegada do Assaí vai gerar mil novos empregos em Salvador; veja como se candidatar – Jornal Correio

Nesta quinta-feira (22), às 9h, a nova loja do Assaí Atacadista, na Avenida Vasco da Gama, em Salvador, abre as portas para o público. Para isso, outras portas foram abertas antes, para oportunidades em 500 empregos diretos e indiretos, e, até o primeiro semestre do próximo ano, com outras duas unidades, na Rótula do Abacaxi e na Avenida Paralela, surgirão mais cerca de mil vagas. Tanto a nova loja como as que ainda serão inauguradas resultam de conversões de antigos pontos do Extra Hiper — no ano passado, o Assaí anunciou a compra, por R$ 5,2 bilhões, de 70 unidades em todo o país.
Na capital baiana, estão sendo priorizados, durante o processo seletivo, colaboradores do antigo hipermercado que manifestarem interesse em trabalhar no Assaí. Um deles é Fernando Souza, de 57 anos, que vai assumir o comando da primeira padaria em uma loja soteropolitana da marca paulista. “Eu trabalhei 23 anos e sete meses lá, no Extra, e vivo a oportunidade de retornar à empresa, já com outra mudança, e pretendo continuar um bom tempo”, conta, otimista.
A cada loja inaugurada, são gerados, em média, 500 empregos diretos e indiretos. Isso, sem contar com os trabalhadores envolvidos nas obras. “Quando vai desde a parte de engenharia civil, elétrica, hidráulica, a gente passa de 1,1 ou 1,2 mil pessoas operando para uma loja como essa [na Vasco]”, afirma o diretor regional do Assaí, Fábio Santos. Ainda segundo ele, com exceção dos cargos técnicos, não é preciso ter experiência prévia para receber uma oportunidade. “Nós temos uma universidade chamada Universidade Assaí, que dá  capacitação, treinamento e aporte para todo colaborador que entra”.
O repositor Mateus dos Santos, 22, por exemplo, nem era nascido quando Fernando começou a trabalhar na antiga empresa. Apesar da pouca idade, no currículo do jovem constam experiências em supermercados de bairros. A diferença é que o vínculo com a nova loja na Vasco da Gama é o primeiro com carteira assinada. Mateus mora com a esposa, e, agora que os dois estão empregados, a situação ficou um pouco mais folgada.
“A gente estava passando por um momento de dificuldade, mas, graças a Deus, essa porta aí se abriu e eu consegui essa vaga”, relata Mateus.
Como se candidatar
Até o dia 30, é possível se candidatar a uma das mais de 290 vagas já abertas para a futura unidade na Rótula do Abacaxi. Todas as posições de trabalho são efetivas, elegíveis a pessoas com deficiência e abrangem diferentes áreas e níveis de experiência, com funções técnicas, operacionais e de liderança. O cadastro deve ser feito, exclusivamente, pelo site expansaoassairotula.gupy.io. Para iniciar a participação no processo seletivo, é necessário ter, em mãos, RG, CPF, número de telefone e endereço de e-mail. A seleção será realizada de maneira híbrida, com etapas a distância e presencialmente.
Novas lojas trazem novidades
Além de padaria, tanto a nova loja como as outras duas que estão sendo convertidas vão contar com mais serviços inéditos da companhia em Salvador, como açougue, empório de frios e adega de vinhos com mais de 400 rótulos. A essas se soma, ainda, outra novidade: a instalação de três pontos de carregamento para carros elétricos. Segundo Fábio Santos, um estudo é realizado previamente para atender ao público que frequenta cada unidade.
“Nós temos uma preocupação muito grande de, para cada bairro, cada região, ter um sortimento adequado”, explica o diretor regional. “Como aqui [na Vasco] já era um endereço de compra pra muita gente do Horto, do Rio Vermelho, para os próprios comerciantes locais que têm aqui de restaurantes e bares, a gente pensou em um sortimento mais ajustado, para poder atender a todo esse público”, acrescenta.
Santos, no entanto, destaca que a chegada dessas novidades ao Assaí não significa a saída dos preços que, conforme a própria empresa, são, em média, até 15% mais baixos do que no varejo tradicional – sejam as compras em grandes ou pequenas quantidades.
“Você vai encontrar, na parte de arroz, [arroz] árborio, arroz negro, arroz vermelho, mas não deixando de ter aquele sortimento de um custo mais justo para a população um pouco mais carente”, afirma o diretor regional do Assaí, Fábio Santos.
Na ponta do lápis
A loja inaugurada nesta quinta é a 22ª do Assaí Atacadista na Bahia, a sétima em Salvador e a terceira na capital só neste ano. A rede Atakarejo, outra com força em território baiano, já reúne 28 unidades no estado. De acordo com um estudo da Nielsen IQ encomendado pela Associação Brasileira dos Atacadistas e Autosserviço (Abaas), os atacados de autosserviço — ou atacarejos — no país cresceram 22% apenas no primeiro trimestre do ano passado. Em 2020, o setor avançou 26,7%, enquanto os super e hipermercados, menos de 13%. “Esse crescimento é uma tendência em cidades de médio e grande porte, não só devido à inflação mas também aos baixos salários no Brasil”, avalia o economista Raimundo Sousa.
Em alta por aqui, a modalidade mescla características encontradas tanto no atacado, que é voltado aos pequenos e médios comerciantes, como no varejo, destinado ao consumidor final. Entre elas, pode-se destacar os preços mais baixos, o alto volume de vendas e o autosserviço, ou seja, a autonomia do cliente para escolher os produtos, que serão transportados por ele mesmo até sua casa. Ainda segundo a Abaas, em relação a super e hipermercados, os preços podem ser 15% menores nos atacados de autosserviço, onde 860 mil famílias fazem compras. O Movimento das Donas de Casa e Consumidores da Bahia (MDCCB-BA) indica uma economia um pouco menor, de até 12%. Já a Associação Baiana de Supermercados (Abase) aponta uma variação de somente 5%.
Sousa afirma que o motivo para que os atacados de autosserviço saiam na frente é o fato de operarem com custos menores, refletidos em preços mais baixos para os clientes. “Uma estratégia que essas empresas utilizam hoje é ter marcas que só são vendidas por elas próprias, além de, em sua maioria, não fornecer embalagem gratuitamente”, pontua.
“Essas lojas também possibilitam que as pessoas façam compras coletivas, ou seja, pequenos grupos, até dentro de uma mesma família, podem se reunir para comprar produtos em maior quantidade e, com isso, economizar”, acrescenta o economista.
Raimundo Sousa também explica que essa  maior quantidade  pode ser “com relação ao volume ou ao tamanho das embalagens. Então, quando se compra um desinfetante de 500 ml, o preço tende a ser maior do que o de uma embalagem com 3 ou até 5 litros”, exemplifica .
Independentemente do porcentual, é importante colocar os itens na ponta do lápis antes de escolher onde fazer as compras. Para quem mora em Salvador, pesquisar os preços pode gerar uma boa economia de R$ 2.279,64 ao fim do ano, se comprados produtos de uma cesta de consumo sem marcas definidas; e de R$ 1.167,12, quando selecionadas mercadorias de uma cesta de consumo com marcas de maior destaque. Os dados são de um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) em 698 estabelecimentos de seis capitais: além da baiana, Belém (PA), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). 
Em comparação aos outros municípios, no primeiro caso, a diferença anual entre um estabelecimento e outro em Salvador fica atrás apenas da do Rio de Janeiro (R$ 3.035,40) e de São Paulo (R$ 2.888,76). No segundo cenário, a capital baiana aparece à frente só de Porto Alegre (R$ 941,52).
Outras formas de economizar
De modo complementar, o economista Raimundo Sousa lista outras práticas que podem ser adotadas para conseguir chegar às festas de fim de ano com aquele dinheirinho a mais no bolso:
1- Buscar produtos substitutos, de marcas menos conhecidas;
2- Evitar parcelar as compras;
3- Fazer uma lista de itens essenciais;
4- Tomar cuidado com promoções de produtos supérfluos;
5- Evitar fazer as compras com fome.
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